Cheguei na Alemanha depois de uma jornada de
19h de voo, com duas conexões partindo do Brasil. Bom, bora me aventurar por alguns dias sozinha nas minhas férias antes de começar minha outra aventura:
trabalhar por 3 meses na Rússia.
Sabe aquela tensão de viajar sozinha e a
possível solidão que pode acontecer? Mal entrei no avião em Porto Alegre e eu já
estava conversando com as pessoas. Que tensão que nada! Até aí eu me
questionava se eu conseguiria ficar tanto tempo sem conversar, mas acredite,
consigo. Conversei com o pessoal do meu lado no voo, com o segurança em
Frankfurt, com outra viajante no banheiro. Até piadinha com a mulher que me
vendeu a água eu fiz (comprei 2 aguas com gás sem querer, odeio!) Meu primeiro
dia em Berlim também conversei muito, mas somente em português. Esse é o mal
das viagens em capitais de países ocidentais, ouvimos português toda hora. Mas
tive meus muitos momentos de introspecção, já que visitei a cidade inteira
sozinha.
MEU ROTEIRO EM BERLIM
MEU ROTEIRO EM BERLIM
Organizei meu roteiro em Berlim em três partes: duas são meus dias de turista, e uma é a ida e um passeio na volta da estação rodoviária de Berlim.
Dia 1: Berlim
Checkpoint
Charlie, Catedral Berliner Dom, Alexanderplatz, Muro de Berlim leste, Ponte Oberbaum e região.
Vindo do aeroporto, peguei um táxi até o hostel. Fiz isso porque eu estava
cansada das conexões, estava chovendo e eu carregava uma mala de 20Kg + Mochila
+ Casaco de inverno pendurado. Mas se nada disso é teu caso, vou dizer que chegar
no hostel que escolhi seria simples:
Chegada aeroporto Tagel (TXL) direção ao Check In Hostel (perto da atração
turística Checkpoint Charlie, super recomendo a localização!). Pegue o metro no
aeroporto linha U6 (roxa) direção Alt-Mariendorf. Desce na estação Kochstr. e caminha cerca de 4 quadras, bem tranquilo. Voilá! É muito fácil.
O hostel é bacaninha, indico para os viajantes
que gostam de festa e que pretendem chegar tarde da balada, não para aqueles
que dormem cedo. Claro que tudo depende dos hospedes do quarto, mas o problema
que verifiquei em alguns quartos é que a cortina não fecha direito. Minhas
noites 2 e 3 foram um horror por causa 1) dos hóspedes no quarto e 2) do sol no quarto logo cedo da manhã. A equipe da
recepção é super gente boa e o espaço para relaxar é muito bom: cervejinha
local a venda (preço super bom pro bolso dos brazucas) e bom espaço para
interação.
No meu primeiro dia sai pelas 10h e só voltei às
21h. Na verdade voltei rapidinho para colocar band-aids e trocar de sapato, não
é uma boa lembrança. A primeira atração que visitei foi o museu Checkpoint Charlie. A área onde na época que o muro separava a Alemanha ocidental e
oriental estava em ativa, e esse “checkpoint” era por onde os EUA tinha sua
base localizada. A visita no museu vale muito a pena. Peguei o audioguide o que me custou 2 euros a
mais. Não recomendo, pois tem muita informação escrita e acho que já basta,
porque me deu um cansaço danado. Fiquei 2h ou mais no museu.
Na saída, caminhei pela rua Friedrichstrasse olhando um pedacinho do muro e as explicações na rua, junto com a festança que os turistas fazem com os atores que representam os antigos militares norte americanos. Tira uma fotinho que é engraçado.
Galeria de arte |
Universidade Humbold |
Catedral de Berlim (Berliner Dom) |
Na sequencia, quase logo ali do lado da catedral,
a Alexanderplatz. Dá uma volta, tira fotos, sobe para tomar um café que me
disseram que a vista será legal. Eu não subi de boca aberta que sou, pois me distraí fazendo outras coisas.
Daí eu fiz uma indiada: fui caminhando até o
Muro de Berlim da parte leste da cidade. Eu estava me sentindo disposta e pensei: porque
não??? Uma semana depois de tanta caminhada e subidas/descidas, meu joelho
reclama feio. A dica para não precisar caminhar: metro genteim. Facim, facim.
Pega o ticket para o dia todo que custa 6,80 euros (o single custa 2,60) e usa
quantas vezes quiser até o dia acabar. Barbadinha.
E por
fim, já era tardinha, pelas 19:30, voltei pela Ponte Oberbaum e caminhei pelo bairro
ali na volta, em direção ao hostel. Achei bares e restaurantes
maravilhosos. Foi nesse dia que pude ver que Berlim é uma cidade ótima para
noite no verão. Cadeiras nas ruas em frente aos bares e restaurantes no melhor
estilo parisiense. Um amor de cidade. Fiz o trajeto caminhando, parei para
comer. Foi um inicio de noite agradável. Mas a cama me chamou logo às 23h
mesmo.
Dia 2: Berlim
Topografia do Terror, Memorial aos Judeus Mortos, Portão de Brandemburgo, parlamento (Reichstag), Parque Tiergarten
Acordei mal humorada. Puta da cara porque 2
caras chegaram zoando no quarto, risadinhas, PC ligado, cama barulhenta do inferno.
Ronco. Foi a pior noite que já tive em
todas as minhas viagens. Acho que estou ficando velha e intolerante para
algumas coisas...
Bom, hoje foi dia de ir para a parte oeste da
cidade. Comecei indo no museu Topografia do Terror, em frente ao muro dessa
parte da cidade que ficou em pé (passando o Checkpoint Charlie). Não paga para entrar, então a visita é
obrigatória. Fiquei cerca de 3h dentro, lendo os mil informativos e
fotos sobre o Holocausto. É muitíssimo interessante. Tantos detalhes que inundam a alma de pena dos Judeus e horror com o que os Nazistas fizeram.
Pertinho, algumas quadras de caminhada, cheguei
no Memorial aos Judeus Mortos na Europa ou Memorial do Holocausto. Muito tocante. A gente
passa por meio dos blocos que representam cada judeu morto no período do Holocausto.
Mais um pouco de caminhada, O portão de Brandemburgo, onde o Hitler fazia seus discursos que de alguma forma incompreensível,
conquistou o povo. Entendi muita coisa lendo a historia no museu Topografia do
Terror. E ali quase do lado, o
parlamento Reichstag. A dica é agendar pelo site, semanas antes, uma visita (guiada se
quiser) no domo e terraço. Como eu não sabia, não quis enfrentar a fila e não
subi. Feio, né. Mas eu sentei no jardim na frente, tirei um croissant da bolsa,
até que uma abelha decide dividir o croissant comigo. Deixei o croissant com
ela e saí correndo. Tem muita abelha aqui. Caminho de volta: pelo parque Tiergarten.
Belo passeio. Novamente, pode optar pelo metro, claro.
Larguei tudo isso no chão, fugindo da abelha |
Nesse dia cheguei mais cedo, pelas 19h, então decidi
sair para uma cervejinha, já que seria minha última noite em Berlin. Lá fomos
para a rua Oranien que é repleta de restaurantes e bares de vários estilos. Fica perto do hostel, uns 20 minutos de caminhada, super tranquilo. Achei um bar que adorei, bem meu estilo: meio na penumbra, cheiro
de pub irlandês e bebemos no balcão conversando com o bartender francês. Foi uma
graça.
Dia 3: Berlim
ZOB (stação de ônibus) e ida para Halle (Saale)
E finalmente o meu terror: pegar metro com mala
pesada! Bom, para minha sorte o pavimento das ruas é super bom e pelo metro
tem elevador. Nem sofri (tanto) puxando mala. Do hostel para o ZOB am Funkturm também é
muito simples: linha U6 (roxa) direção Aeroporto Tagel (TXL), para na primeira parada mesmo e pega a
conexão U12 (verde e vermelha) na Hallesches, com destino Ruhleben e para na
Kaisrdam. Anda umas 2 quadras e chegou na rodoviária!
Cheguei em Halle super bem recebida pela Nalin e Bruno!! Como
nunca antes! Tinha toalha limpinha, sabonete e chocolatinhos me esperando *.* Até parece que a Nalin adivinhou que eu precisava disso tudo. Fotos e causos no próximo post. Até logo :)
Mto bom o post.... vontade de estar ai em Berlim
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