13 abril, 2011

Mãe, lembra que eu tinha medo de aspirador?

Título maluco né? Mas foi a partir desse pensamento durante meu trabalho de hoje que tive a ideia do tópico desse post. Passar aspirador de pó é a tarefa mais comum no meu trabalho atual de Cleaner (ou faxina, no bom português). Hoje eu passei 2h aspirando as salas de aulas no prédio de uma faculdade, e enquanto realizava essa tarefa meramente manual, percebi o quão ando expert nisso. Riam meus amigos que sabem que não sou de faxinar minha casa, riam, mas é a pura verdade. Me acostumei com esse tipo de trabalho.

Bom, quero chegar no assunto relevante que é expicar um pouquinho a minha opinião de como é trabalhar de cleaner no tipo de função que ocupo. Hoje descobri que o vínculo empregatício que tenho se chama  relief. Não tenho lugar fixo de trabalho, a chefe me chama quando precisa de mim para cobrir férias de alguém, ou se alguém adoeceu, etc. Os lugares que a empresa cobre são prédios de universidades, escolas, lojas, escritórios. Tarefa não tão trabalhosa quanto limpar casa de família, que é mais delicado.

Mas se nao é em um lugar fixo, como é? A chefe me liga, as vezes "do nada", uma hora antes de eu ter que chegar no lugar. Ou três horas antes. Ou, como normal, um dia antes ou mais. E como preciso de money e não posso me queimar com ela, aceito todas as chamadas, mesmo que seja almoçar rapidão e sair correndo de onde estou. Sempre numa correria, ela mesma sempre tá correndo, com o celular sempre a mil. Posso ser chamada todos os dias da semana, como nenhum. É sempre uma surpresa.

O pior é quando ela me manda lá onde os judas perdeu as botas e tenho pouco tempo para procurar, mas é isso ai gente, temos que ser hardworking naquilo que nos comprometemos. Contarei a vocês o que hoje mesmo aconteceu: o dia foi incrível, estressante, mas interessante. Eu tinha o nome do prédio que precisava trabalhar e a hora que precisava chegar. Beleza. Pesquisei no google o site do College, no site da empresa de ônibus pesquisei os números que precisava pegar para chegar lá e o mapinha. Mapa? Mas que mapa? Não achei porcaria nenhuma. Apelei para alguns conhecidos, nada. Me restou o bom e velho companheiro motorista de ônibus. O cara me deixou trocendas paradas antes. Pouts, confiei neele. Depois entendi que ele achou que eu estava indo na escola e não na faculdade. Mas nem eu sabia disso tudo. Anyway, achei uma mãe e seu filho, super simpática e caridosa se ofereceu para me dar uma carona, pois eu comentei com ela que tinha 15 minutos para chegar num lugar que demoraria mais de meia hora de caminhada. Que vergonhaaaaa, mas aceitei. Aceiteeeeei. Querida. Conversamos muito, falamos da vizinhança, de educação, etc. Super atenciosa, me indicou a parada de ônibus para a volta. Ai ai, só eu mesmo. Mas foi diver, cheguei num mega carrão, poltronas de couro, ô, e ainda não me atrasei =D

Sou uma sortuda mesmo de encontrar pessoas assim, que ajudam uma desconhecida. Chegando lá, o prédio é bem legal: móveis bem antigos que fizeram me lembrar de muitos lugares no Brazil. Mesas e cadeiras na sala de reuniões de madeira pura e escadarias de madeira maciça também, que rangem ao pisarmos nos degraus. Muito bacana e nostálgico. 


 Olha o absurdo da distância do jardim até a entrada. Na saída que descobri que eram apenas uns 15 minutos até a parada de bus só ¬¬
Fiquei com receio de alguém ver eu tirando fotos, então tirei essa que foi o lugar que mas me marcou nesse prédio de mais de um século.

 Ah, e para aqueles que ainda ficaram em dúvida quanto ao título: sim, eu morria de medo de aspirador de pó quando era pequena, eu achava que ele ia me engolir... E quanto ao meu job amanhã, sim, amanhã devo trabalhar também, mas a partir de quinta ainda é um mistério... Mas pelo menos me divirto, pratico inglês e conheço muuuuuuuuuuuito a cidade. Muito. =D

2 comentários:

  1. Feliz da Dafne que na volta vai ter uma faxineira mega gabaritada pra ajudar em casa.... hhahhahaha

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário