Aí vai um textinho dividido em três partes algumas fotinhos do que vejo por aqui =)
Perspectiva turista
Perspectiva turista
Quase um mês que saí do Brasil e uma tonelada de acontecimentos. Fatos que resumem minhas primeiras 2 semanas: Viajei sozinha todo o tempo pela primeira vez (com exceção os 4 dias em Halle, na Alemanha) ; Não fiz tantos amigos como esperava, mas conheci pessoas muito legais com as quais tive desde conversas em rodoviária como idas a bares... gente que espero ver novamente; Caminhei tanto que tive probleminha no joelho, pela primeira vez :T; Peguei o ônibus errado e fui parar nas cochinchinas na capital da Lituânia; Pessoas me ajudaram na rua e eu ajudei pessoas no avião. Tive um probleminha com a senha do banco, mas minha super amiga me ajudou a resolver; Um ônibus atrasou, tive que dormir na rodoviária, e perdi o próximo (sério?); Conheci o hostel mas acolhedor que já fui; Descobri que com o tempo de viagens que tenho, sei me localizar melhor a cada ano que passa e a usar transportes em um país com uma língua que não conheço... Enfim. Muito nais aconteceu, muito mais aprendi. Depois de duas semanas me sinto mais "rica" em termos culturais e o principal, em termos de auto conhecimento.
Ônibus que peguei em Rostov, na Russia, em direção a Volgodonsk. 4h de viagem no banco mais apertado que já vi na vida. A Ryanair é um luxo perto desse minibus. |
Perspectiva trabalhadora
Nas últimas duas semanas, que fecham o primeiro mês na Europa, passei na Russia, que é onde passarei meus próximos meses. É a minha primeira experiência de trabalho - na minha área, professora de inglês - em outro país. Estou me sentindo muito feliz porque estou conseguindo me adaptar bem à cidade, ao trabalho e as pessoas. O desafio principal é o fato de eu não saber a língua nativa. Mas o desafio maior, mais tenso, e mais irritante é dar aula para algumas crianças/adolescentes que não respeitam ou não se comprometem com a proposta. Alunos que vão para bagunçar, que não prestam atenção (sendo que precisam se esforçar mais pois eu falo só inglês) e que falam russo quase a aula inteira por preguiça, mesmo quando eu peço para eles tentarem falar inglês pelo menos durante as atividades que proponho... só me olham, fingem que não entenderam ( eles entendem, eu sei). Sabe qual é o mais engraçado? Isso não é um desafio em função da cultura, mas da minha falta de experiência com crianças, porque esse comportamento existe em qualquer lugar. Que saudade dos meus alunos adultos do Brasil, tão comprometidos, suam, sofrem, mas enfrentam a vergonha para falar somente em inglês na aula e na recepção. Hoje penso, que orgulho dos meus colegas de trabalho no Brasil e dos meus alunos, que desde o primeiro dia, e quando passam da porta da recepção, a maioria e na maioria do tempo já estão falando em inglês. Isso não acontece aqui. Nem a dona, que fala 8 línguas, não incentiva as aulas 100% inglês, pois mesmo com os upper intermediate, ela faz aula com tradução. Sinto falta dessa dedicação.
Do tempo da URRS. Os mais velhos sentem saudades daqul tempo, quando s tinha emprego e aposentadoria garantido |
Universidade de Moscou, a maior uni aqui em Volgodonsk. Mais procurada pelos cursos relacionados de engenharia em função da maior companhia de energia nuclear no país. |
Não tenho ideia de quem seja. Tirei a foto porque me pareceu ser alguém importante |
Esse é o prédio onde trabalho. Tem vários escritórios, a escola fica no 2º andar :) |
Rodoviária de Volgodonsk |
Volgodonsk no alfabeto cirilico :) |
Um dos supermercados mais populares daqui, Magnit |
Arquitetura dos prédios na época da união sovi´tica. O mesmo estilo se encontra na Hungria e Eslováquia também. |
Meu aniversário
O que mais encanta aqui são as pessoas, atenciosas. Decidi passar meu aniversário de 30 anos no estilo 'low profile', sem festa, sem janta, sem celebração. Mas minha colega de trabalho (Russa) convidou eu e a minha colega de ap (Hungara) para conhecer o parque e jantar num restaurante. Pedimos champanhe, conversamos a noite inteira - o assunto não acabava, foi muito bom. Ganhei flores da minha chefe e chocolates das minhas colegas. Foi muito legal da parte delas. E eu que achava que passaria meu aniversário meio deprê, sozinha. Sozinha nada! Eu nem parei hoje. cheguei em casa as 23h decidi escrever esse post-desabafo de aniversário para dividr com vocês meus sentimentos de estrangeira num pais desconhecido, com cultura e língua desconhecida, mas que está adorando ser uma desconhecida na cidade (se bem que não sou tão desconhecida mais, pois as pessoas nos ouvem falando inglês e param para olhar, encaram, apontam, comentam, puxam assunto em russo e tiram fotos). Algumas vezes é engraçado. Só não é engraçado quando eu dou umas ratiadas de gringa no mercado e pago as compras com as moedas erradas. Morro de vergonha.
uns presentinhos cheirosos que ganhei de aniver :) |
Parque da Votória, o maior aqui na cidade |
Por fim, janta para celebrar meu aniver a Russia :) |
Se quiserem saber mais coisas daqui, me perguntem no face :) Beijos!
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