15 agosto, 2014

Galway Bay e Aran Islands: Innishmore

Os irlandeses têm uma música tipica que serve como hino aos felizes beberrões nos pubs tradicionais: Whiskey in the Jar. nativos e turistas cantam enlouquecidos nos bares.


Alguns anos atrás conhecemos a música The Galway Girl, usada no filme PS I love you. Essa música também é muito tocada nos bares irlandeses.


E falando em Galway... Conheci a cidade Galway em dois dias, e foi muito bom. Isso foi no verão europeu de 2012. Fiquei com gostinho de quero mais. Super indico essa cidade para quem gosta de baladinhas e noite em cidades pequenas (não tão pequena assim, é a terceira maior cidade depois de Dublin). É muito fácil de se localizar lá. Nem mapa precisamos na verdade, é só ter um bom senso de direção e perguntar aos nativos (ou estudantes) que lá encontramos na rua. Como qualquer irlandês, eles são super amigáveis.


Minhas dicas são:

Transporte. Trem é meio caro, ônibus de linha também. Então bora pesquisar os 'coaches'. O escolhido: Go Bus: reservando pela internet, a viagem de Dublin até Galway custa cerca de 20 euros para estudante ida e volta. Também pode comprar na hora, eles chamam de "on board", mas custará alguns euros a mais. Local para pegar o coach é facílimo: em frente da Custom House, nas margens do Rio Liffey. Não sabe onde é? Pesquisa em qualquer mapa para turistas ou "google it".  

Depois de + - 2h40minutos de viagem chegamos ao nosso destino: Galway City. Cidade tranquila, bonitinha, tudo pertinho. Chegamos no hostel (indico o Sleepzone, mas estava lotado, então ficamos em um hostel que nem ouso mencionar o nome. Tivemos coragem para aguentar mais de uma noite lá.  Embora o ambiente fosse super descontraído, com galera bem aventureira sempre socializando legal, o hostel é meio velhinho, sujinho, tudo 'inho' para não deixar uma imagem 100% negativa. Para ter uma ideia, não tinha porta no banheiro :O Mas como a companhia era das melhores, e conhecemos um pessoal legal lá enquanto tomávamos nossa cervejinha, minha experiência não se tornou negativa. 


Passeando pela cidade, passamos pelo Arco Espanhol (The Spanish Arch), pelo calçadão (Shop Sreet), rua muito movimentada por turistas, buskers (os músicos que se apresentam em ruas) e artistas me geral. Passamos pela catedral (lindíssima por dentro) e acabamos parando em um tradicional restaurante de fish and chips, uma excelente refeição considerando que Galway é uma cidade de pescadores muito famosa. Sem mencionar os infinitos pubs e suas musicas tradicionais, fácil de ver irlandeses com suas pints de Guinness como cenário do craic irlandês. Dá uma olhada nesse blog, se quiser mais informações sobre pubs em Galway. 







DICA
Se tu vai para Galway também pode conhecer dois lugares fantásticos, dignos de visita, que ficam pertinho da cidade. Se vai de carro, melhor. Se vai de bus, tu encontrarás agencias de turismo no centro. Um é o Cliffs of Moher, no condado de Clare, outro é Aran Isands, as ilhas que ficam a oeste de Galway, sendo a maior chamada Innshmore.

CLIFFS OF MOHER

Bom, eu já havia ido ver os penhascos mais famosos do mundo um ano antes, em 2011. Eu fui com uma agência turística de Dublin. É possível encontrar várias pelo centro, uma delas se encontra quase na frente do Trinity College. O bus saiu de manhã cedo e retornou a noitinha e os preços variam, mas calcula uns 30 euros (pode ser menos).




O visual é fantástico! Leva um casaquinho que estará ventando (e provavelmente frio). Eu tive uma sorte de ir em um dia ensolarado. Foi uma das experiencias mais lindas que presenciei, com exceção dos cliffs da ilha Innshmore que comento abaixo. Acho que por se tratar de uma ilha em que o tempo parou, como queremos acreditar, o misticismo todo em cima dos antepassados tomou conta da minha visita lá e tornou minha experiência mais vívida.  

ARAN ISLANDS

Lugar magnífico. Em Galway pegamos um farry boat, tikets comprados em uma agência o centro da cidade. Não custou caro, dá uma olhadinha no website oficial para conferir preços atualizados. A viagem de barco foi tremendamente ventosa e fria (era verão gente, julho de 2012). Foi minha primeira experiência em um ferry boat e adorei. Nauseei um pouquinho, mas nada de mais. 




Chegando lá minha dica é: aluga uma bike se o tempo estiver bom. Nós pegamos uma van (custo de +- 20 euros) que fez um tour pela ilha, com direito a explicações e piadinhas do motorista. Aii, como adoro os irlandeses. A ilha é habitada basicamente por pescadores e artesãos que movimentam a economia local. Nas escolas a língua ensinada é a língua nativa, que também é oficial, irlandês (originado do gaélico). Por mais que o inglês, como segunda oficial, seja mais usada na capital do país e em cidades maiores, muitas cidades pequenas e vilarejos mantém a cultura de falar irlandês entre eles e muitas palavras são incorporadas ao vocabulário diário em inglês (bem como entonação e pronúncia).





Parada final: os penhascos. A vista é linda, é possível deitar ou sentar na beirada (sempre com atenção, crianças) para deslumbrar as ondas batendo nos rochedos. O ambiente com algumas ruínas e teorias de uso (como no tempo da famosa Stone Henge na Ingaterra, mas em proporções infinitamente menores e formatos diferentes) me fez lembrar dos tempos dos druidas em seus rituais de adoração a lua, ao sol, aos elementos da natureza. É simplesmente magico.





E por fim, refeição em um restaurante bem rústico, com aquele cardápio mais que irlandês: sopa de legumes acompanhada com torradas e manteiga/geléia e um chá verde. 



Restaurante em frente ao giftshop

Não deixem de conhecer esses lugares. Eles são mágicos e diferentes de qualquer outro lugar na Europa.