17 junho, 2011

Quatro meses em Dublin

Então quatro meses se completam na incrível Éire. 


Nos dias de hoje me encontro num estado muito feliz, me sinto presenciando o craicque para os irlandeses designa um estado de espírito que pode surgir a partir de qualquer experiência que envolva a pessoa em alegria e harmonia - a cada semana.

Estou agora escrevendo esse texto na sala de minha casa, ao som de The corrs, tomando um chimarrão (eu sei, nada típico, mas a miscigenação cultural está em todo o canto), aproveitando que não tive aula nem trabalho pela manhã. Pensei então em fazer uma retrospectiva bem pessoal sobre o que vivi até agora aqui, pois enquanto lia um Guia da Irlanda, já fazendo um levantamento de lugares para visitar na ilha verde a fim de elaborar roteiros para receber família e amigos que visitarão em breve, refleti muito sobre lugares que não visitei até agora. Pensei também sobre os lugares que visitei, mas não curti como deveria, pensei no que já fiz em Dublin, para onde viajei e quem conheci, etc.

Viagens ao redor de Éire

Um aspecto mais criticado por mim é a minha falta de organização para viajar. Dia 11 de junho foi a primeira vez que saí de Dublin em quase quatro meses aqui. Fui a Wicklow, como já postei previamente no blog. Visitei ruínas de um antigo monastério e vislumbrei paisagens magníficas no caminho, o que me deixou com muito gostinho de “quero mais”. Pensando assim já me programei em visitar Galway e conhecer os Cliffs of Moher, viagem extremamente desejada por mim há meses antes de vir à Irlanda. Em alguns dias postarei um texto sobre essa viagem e fotos, claro. Minha experiência em Wicklow foi divina, me encantei refletindo sobre quanta história se passou naquele antigo monastério, no entanto, acredito que se eu estivesse sozinha, e com mais tempo, eu teria aproveitado mais as minhas reflexões introspectivas. Mas viajar com amigos é demais. Não troco por nada.

Pessoas

Hoje afirmo que tenho muitos amigos em Dublin. Alguns menos amigos que outros. Alguns são como chamamos de “parceria” para festas, outros são companheiros para passeios e viagens e papos furados, e existem outras pessoas que passaram por mim, conversei, curti bons momentos, mas talvez nunca mais volte a ver. Conheci pessoas de diferentes nacionalidades (generalizando todos os sentidos aqui apresentados): brasileiros, irlandeses, coreanos, mexicanos, franceses, português, poloneses, espanhóis, chinês... A cada dia que passa conheço mais pessoas e troco idéias de qualquer tipo de assunto.

No trabalho, como não tenho um lugar permanente e vou aos lugares que minha chefe me chama, preciso conversar com os colegas que são fixos para me mostrarem as tarefas. Com isso falo inglês diariamente (com exceção aos lugares que possuem apenas brasileiros trabalhando, acredite, tem). Na aula, obviamente, converso com pessoas de diferentes países. Na rua, ônibus, bares, parques, festas na casa das pessoas, também é possível conhecer gente. Eu, como sou uma pessoa muito sociável e gosto de me comunicar, ouso até dizer que conheço uma pessoa a cada dia. É encantador poder conhecer um pouquinho de cada cultura, as experiências dos viajantes, estudantes e trabalhadores na Irlanda.

E o trabalho...

Vivo num mar de ansiedade, pois não tenho um lugar permanente para trabalhar, então sei onde trabalharei – ou SE trabalharei – a cada semana. É um pouco frustrante, mas já há 3 meses e meio contratada... Talvez isso mude logo. Torcemos. Mas tudo tem seu lado bom, e trabalhando num lugar diferente a cada semana/dia me permite conhecer muito de Dublin. Já sei andar muito bem de ônibus, conheço várias linhas, vários bairros, várias paisagens lindas em bairros mais afastados, perto de regiões rurais. Assim fico contente. E também não sofro com a rotina de ir sempre ao mesmo lugar, na mesma hora... Cada semana uma nova localização, novas pessoas para conhecer, novos caminhos para percorrer, isso é muito interessante, vão por mim.   

Bom, por enquanto era isso. Sei que esse texto é bem pessoal, mas prometo que logo publicarei algo mais informativo para os viajantes de plantão.

PS.: Depois que escrevi esse texto eu tive uma notícia do trabalho. Conto essa novidade num próximo post, até mais =)

2 comentários:

  1. Na verdade gosto quando tu escreve os posts desse jeito pessoal. É mais interessante de ler pois tenho uma visão mais próxima da que eu teria se eu estivesse aí, vivendo essas situações. Além de conhecer um pouco mais da sua pessoa :).

    Bjão.

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  2. Ola!!

    Sofia, achei bem bacana teu blog, compartilhar essas experiencias por Dublin e Irlanda nos tornam gratos por esse pais!!!
    TEnho um blog tambem, se quiser da uma passada por la.
    http://dublinletsgo.blogspot.com/

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